MARLEY & EU: A VIDA E O AMOR AO LADO DO PIOR CÃO DO MUNDO
Marley & me
John Grogan
Tradução de Thereza Christina Rocque da Motta e Elvira Serapicos
304 páginas
Prestígio, 2006
Comprar
Quando eram recém-casados, John e Jenny resolveram adotar um bicho de estimação, pois a esposa precisava se certificar de que tinha vocação para ser mãe. O fato que causou essa dúvida foi a morte de uma planta por descuido de Jenny. Impressionados com uma labradora dócil e gentil chamada Lily, o casal decide ficar com um dos filhotes dela. Após conhecerem o pai de Marley, o desobediente Sammy Boy, John e a mulher torcem para que o filhote seja igual à mãe. Para a alegria do leitor, o cãozinho seguiu as pegadas do pai.
Com um texto sincero, bem humorado e cheio de reflexões e comentários, John Grogan narra como foi a vida de sua família ao lado do cão mais mal comportado do mundo, desde a chegada de Marley à casa até os últimos dias da velhice do cachorro.
Sabia que queria descrevê-lo como ele realmente era e não como a perfeita e improvável reencarnação de Rin Tin Tin ou da Lassie, como se houvesse alguma chance de isso acontecer. Tantas pessoas reinventam seus bichos de estimação quando eles morrem, transformando-os em animais nobres, sobrenaturais, que em vida, faziam tudo por seus donos, menos fritar ovos para o café da manhã. Eu queria ser honesto. (p. 289)
O leitor irá rir e se divertir com as travessuras de Marley. O cão quebrava portas e paredes de compensado por medo dos trovões, babava e pulava nas visitas, comia tudo que via pela frente, inclusive jóias. Ele foi expulso de uma escola de adestramento por ter humilhado a treinadora na frente de outros cães.
Apesar do mau comportamento, o cachorro foi um companheiro leal e fiel, esteve presente nos maus e bons momentos da família Grogan. Ficou triste quando Jenny perdeu o primeiro filho. Partilhou a alegria do casal quando os filhos deles vieram. Brincou na neve com seus donos. Ajudou John a socorrer uma moça que fora esfaqueada.
Os comentários e reflexões do autor sobre os acontecimentos narrados dão um brilho especial ao livro. Ao fornecer informações, humanizar as atitudes de Marley ou contar os medos e sonhos de um pai de família, John Grogan cria uma cumplicidade com o leitor. Para aqueles que têm ou tiveram um cachorro, a aproximação se torna maior, pois haverá identificação com o autor.
Mesmo dando trabalho e deixando seus donos quase loucos, Marley lhes ensinou a apreciar as coisas simples e a importância do amor incondicional. É praticamente impossível não se comover com a história desse endiabrado e simpático cão labrador.
O que eu queria contar era como este animal tocara nossas almas e nos ensinara algumas das lições mais importantes de nossas vidas. “Uma pessoa pode aprender muito com um cão, mesmo um cão maluco como o nosso”, escrevi. “Marley me ensinou a viver cada dia com alegria e exuberância desenfreadas, aproveitar cada momento e seguir o que diz o coração. Ele me ensinou apreciar coisas simples – um passeio pelo bosque, uma neve recém-caída, uma soneca sob o sol de inverno. E enquanto envelhecia e adoecia, ensinou-me a manter o otimismo diante da adversidade. Principalmente, ele ensinou sobre a amizade e o altruísmo e, acima de tudo, sobre lealdade incondicional.” (p. 291-2)
......
06 de outubro de 2009 - 06:28
Amoo esse livrooô ?
Chris
08 de fevereiro de 2010 - 03:48
esse livro e filme são INCRIVEIS !
é mt tocante,e mostra qe os animais tem muito as nos ensinar.
<333