MANUAL DO CAÇADOR DE DIAS
Mazda Ednir
12 páginas
Biruta, 2003
A obra é um conto de humor que satiriza as dificuldades impostas pelo mundo moderno às pessoas que querem ganhar tempo de forma criativa e divertida.
Com os avanços tecnológicos e científicos, não só as distâncias, mas também o tempo, encurtaram. As pessoas são soterradas diariamente com uma avalanche de informações. Não há espaço para o ócio, cada um deve estar produzindo algo a cada segundo, a cada minuto.
Mas nem sempre foi assim. “Dizem os nossos avós que antes os dias eram mansos, um pouco lerdos e praticamente se atiravam em pencas nos braços dos caçadores. Naquele tempo, capturar um dia não matéria de coragem, astúcia ou técnica.”
Segundo a autora, a caça ao dia é uma tarefa para poucos. É preciso ter força interior para a tarefa. Paciência, esperteza e ciência do que se quer capturar são requisitos indispensáveis ao caçador de dias, pois as presas são ágeis, agressivas e arredias. Capturar o tipo errado ou no momento errado pode resultar em terríveis consequências, o dia pode destruir a vizinhança ou engolir o infeliz caçador.
O que fazer depois da captura do dia? Mazda Ednir é bastante clara nesse ponto:
Fique o leitor sabendo, portanto, que o dia sabe cuidar de si mesmo. Deixe apenas que cumpra seu ciclo vital e não segure, além disso. Um dia dura exatamente um dia (…) Se você retém um dia além do previsto, ele apodrece imediatamente e contamina tudo a seu redor.
Com observações breves e exemplos absurdos, a autora mostra de forma bem-humorada como é difícil ganhar tempo de forma criativa e divertida. Há uma pequena brincadeira com o dia de trabalho dos funcionários públicos.
Regina Aarecida Costa
27 de junho de 2011 - 17:43
Vejo esse texto, esse livro pequeno como algo brilhante. Uma forma engraçada de dizer que o tempo prccisa ser bem aproveitado, um convite para estar presente em cada momento dea vida, não ficar dormindo, não ser morno, mas esar vivo e procurando mesmo com intenesidade a melhor forma de agradecer o dia.