Harry Potter e a pedra filosofal

HARRY POTTER E A PEDRA FILOSOFAL
Harry Potter and the philosopher’s stone
J. K. Rowling
Tradução de Lia Wyler
264 páginas
Rocco, 2000

Alguém poderia imaginar que um livro escrito em cafés portugueses e escoceses poderia fazer tanto sucesso? Depois de um período difícil em Portugal, a escritora Joanne Kathleen Rowling retorna à Grã-Bretanha para iniciar uma nova vida. Ganhando muito pouco com as aulas de francês e com uma filha pequena para criar, Rowling entra em depressão. Como algumas pessoas fazem, a professora de francês encontra refúgio na literatura, escrevendo a história de um jovem bruxo chamado Harry Potter. Depois de nove tentativas frustradas, J.K. vende a história para a pequena editora inglesa Bloomsbury, em 1997. Harry Potter and the philosopher’s stone chega às livrarias sem nenhum barulho.

O boca-a-boca e as críticas favoráveis dos principais jornais britânicos catapultaram o livro para a primeira posição dos mais vendidos na Grã-Bretanha. A editora Scholastic comprou os direitos de publicação da série Harry Potter nos Estados Unidos, eram o início da pottermania. Coube à editora Rocco a publicação da série em terras tupiniquins, o lançamento oficial ocorreu na Bienal do Livro, em maio de 2000.

Harry Potter e a pedra filosofal apresenta o mundo onde se passa a série. O mundo dos bruxos se encontra em festa, pois o perverso bruxo Voldemort havia desaparecido sem deixar rastros, alguns acreditavam em sua morte. O responsável por tal proeza foi o filho do casal Potter, o bebê Harry.

Para evitar que a recém adquirida fama estragasse o pequeno, o sábio Alvo Dumbledore resolve deixar a tutela do menino com a família Dursley, os pais de Harry haviam sido mortos por Voldemort. Assim como o Patinho Feio, Harry Potter era desprezado e maltratado por seus parentes, no caso tios e primo. Como a pequena ave, o garoto descobre ser mais do que pensava. Harry não é um cisne. Melhor, é um bruxo famoso.

Com a ajuda de Rúbeo Hagrid, que havia revelado ao garoto a sua verdadeira natureza, Harry Porter se prepara para o seu primeiro ano na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Acompanhando o dia-a-dia do jovem bruxo na escola, o leitor vai conhecendo o mundo dos bruxos. Potter vai descobrir que a fama pode ser um terrível fardo. Os suplícios da notoriedade não são exclusividade do mundo dos trouxas (pessoas sem poderes mágicos).

E como manda a regra do bom livro, e esse não é exceção, deve haver um conflito, algo que ameace a ordem estabelecida. Na história em questão, ele atende pelo nome de Voldemort. Vaso ruim não quebra tão fácil (perdoem o clichê). Ele está atrás da pedra filosofal, que se encontra em Hogwarts, pois deseja recuperar a sua força e torna-se imortal. Para impedi-lo, Harry Porter, conta com o apoio de seus novos amigos, o atrapalhado Rony Weasley e a sabichona Hermione Granger, e do bondoso e sábio diretor da escola, Alvo Dumbledore.

Se o leitor quiser saber como Voldemort conseguiu se manter escondido e como pretende roubar a pedra filosofal, ou ainda, como se dará o confronto entre o vilão e Harry Potter, basta ler o livro. O objetivo desta resenha é estimular a leitura e não estragar o prazer desta contando toda a história. Quem ler o livro, principalmente o leitor que assistiu ao filme baseado nele, pode se sentir um pouco entediado nas partes que apresentam o mundo dos bruxos, mas não irá desgrudar os olhos das páginas quando os mistérios da pedra filosofal começarem a ser resolvidos. Só uma dica, não despreze nenhuma cena, por mais banal que ela possa parecer, pois a resolução de um grande enigma pode estar nela.