O escritor argentino Ernesto Sábato morreu na madrugada de ontem, dia 30 de abril, aos 99 anos. A causa da morte foi uma forte bronquite. Quase cego há vários anos, o escritor argentino vivia recluso em sua residência.
Nascido na cidade de Rojas em 24 de junho de 1911, Sábato tinha formação como físico. Obteve seu doutorado em 1938 na Universidade Nacional de La Plata. Porém, abandonou a carreira científica na década de 1940. O reconhecimento internacional de sua obra literária veio em 1961 com o romance Sobre heróis e tumbas, e a consagração em 1974, com Abaddón, o Exterminador. Além do Prêmio Cervantes de 1984, Sábato recebeu várias premiações. Entre elas o Médici (1991), o Menéndez Pelayo (1997) e o Gabriela Mistral (1983), este entregue pela Organização dos Estados Americanos (OEA). Além disso, foi declarado em 2009 cidadão ilustre da província de Buenos Aires.
Ernesto Sábato também foi defensor dos direitos humanos. No ano de 1984, foi presidente da Comissão Nacional sobre Desaparecimento de Pessoas (Conadep). Nessa época elaborou o documento “Nunca mais”, com informações de todos os presos políticos desaparecidos durante a ditadura militar argentina (1976-1983). O escritor argentino também escreveu cartas contra o terrorismo da ETA e ensaios sobre a situação delicada da infância no mundo.
Segundo o filho do escritor, o cineasta Mario Sábato, será construído no lugar onde ficava a casa de Ernesto Sábato um museu sobre a vida e obra desse que é considerado um dos mais importantes autores da Argentina.
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