Morreu na terça-feira, aos 83 anos, o escritor mexicano Carlos Fuentes. Ele estava internado no hospital Ángeles del Pedregal. A causa da morte foi uma hemorragia, provavelmente causada por uma úlcera.
Nascido em 11 de novembro de 1928, no Panamá, Fuentes foi um dos principais nomes do boom literário latino-americano, que ocorreu entre as décadas de 1960 e 1970 e tornou conhecido nomes como Gabriel García Márquez e Mario Vargas Llosa. Entre os vários prêmios que Fuentes ganhou estão o Cervantes (1987), o Príncipe de Astúrias das Letras (1994) e o Nacional de Literatura do México (1984). Também recebeu distinções como a Ordem da Independência Cultural Rubén Darío (1988), a Ordem ao Mérito no Chile (1993) e a Grã-Cruz da Ordem de Isabel, a Católica (2008).
Entre os mais de 20 livros que Fuentes escreveu, estão alguns clássicos da literatura latino-americana como La región más transparente, Aura e A morte de Artêmio Cruz. Escreveu um importante ensaio chamado Machado de la Mancha, em que defendia a ideia do escritor brasileiro Machado de Assis ser o herdeiro sul-americano de Miguel de Cervantes. O misterioso desaparecimento do jornalista e escritor Ambroise Bierce no México, na época da Revolução Mexicana, serviu de inspiração para o romance Gringo Velho. Dois dos trabalhos mais recentes de Fuentes, La gran novela latinoamericana e Federico en su balcón, devem ser publicados no Brasil pela editora Rocco.
A morte de Carlos Fuentes surpreendeu o mundo literário, pois o escritor estava em atividade, escrevendo ensaios e romances. A última aparição pública dele foi na Feira do Livro de Buenos Aires, no começo de maio.
O texto foi escrito com informações do Folha.com e da Revista Ñ.
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