
Nadine Gordimer foi uma das importantes vozes contra o regime de segregação racial na África do Sul.
Foto: Bengt Oberger.
A escritora sul-africana Nadine Gordimer, ganhadora do Prêmio Nobel de 1991, morreu ontem aos 90 anos, durante o sono, em sua casa na cidade em Johannesburgo. A escritora esteve engajada na luta contra o apartheid.
Nadine nasceu no dia 20 de novembro de 1923 na região rural da África do Sul. A escritora era filha de imigrantes judeus oriundos da Europa Oriental. Por achar que a filha sofria de um grave cardíaco, a mãe de Nadine a retirou da escola. Quando adulta, descobriu que seu problema era causado pelo hipertireoidismo e não representava risco.
Nadine Gordimer começou a escrever desde os nove anos mas teve o primeiro romance publicado aos 15, em uma revista local. Ao todo foram escritos mais de 30 livros, entre romances, contos e ensaios políticos e de crítica literária. No Brasil, a maior parte dos livros de Nadine é editado pela Companhia das Letras. A editora lança nesse mês a obra O melhor tempo é o presente.
Mesmo com o fim do apartheid, grande tema de sua obra, Nadine continuou escrevendo. Ela não teve medo em apontar os erros dos sucessores de Nelson Mandela no poder e falou sem piedade sobre os problemas da sociedade da África do Sul.
Em 2007 a escritora sul-africana participou da Flip (Festa Literária Internacional de Paraty) em uma mesa ao lado israelense Amós Oz. Em 2013, Nadine anunciou que sofria de um câncer no pâncreas.
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