Foto: Elke Wetzig
Morreu na madrugada de hoje, aos 94 anos, a escritora Doris Lessing, ganhadora do Nobel de literatura de 2007. A causa da morte não foi revelada.
Autora de mais de 50 livros, a escritora nasceu no dia 22 de outubro de 1919, em Kermanshah (Irã). Filha de um casal britânico, Doris foi criada no Zimbábue. Casou-se duas vezes e foi militante do Partido Comunista britânico entre 1952 e 1956. Devido a suas críticas ao regime sul-africano, a escritora fui proibida de visitar a África do Sul, entre 1956 e 1995, e o Zimbábue, em 1956.
Grande parte da obra de Lessing é baseada em suas próprias experiências na África e na Inglaterra. Os livros têm como temas a crítica ao poder, o preconceito racial, os direitos das mulheres e uma investigação profunda da alma humana. O seu livro mais famoso é O carnê dourado (1962), que virou clássico da literatura feminista e faz críticas ao partido comunista britânico.
Influenciada pelo sufismo, Doris escreveu a série de ficção científica Canopus em Argos, composta por quatro livros e que narra a relação entre extraterrestres e um planeta muito parecido com a Terra. Na década de 1980, em livros como A terrorista e O quinto filho, a autora voltaria a tratar temas como o ativismo político, a indiferença da sociedade aos horrores da guerra e a desintegração nas relações sociais. Publicado na década de 1990, o livro Sonho mais doce, as críticas são direcionadas à esquerda, ao movimento feminista, aos pacifistas e às organizações humanitárias.
(Texto escrito a partir de informações dos jornais A Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo.)
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