O sueco John Ajvide Lindqvist, conhecido pelo livro Deixa ela entrar, retorna às livrarias brasileiras com mais um livro de terror. Dessa vez é o romance Melodia do mal (tradução de Renato Marques de Oliveira, 488 páginas, Tordesilhas, R$ 49,90). A história se passa no mundo da música.
No passado, o produtor musical Lennart Cederström junto com a esposa Laila formavam uma dupla musical de sucesso. Entre as décadas de 1970 e 1990, Lennart vê sua paixão pela música e seu talento definharem graças à crescente indústria cultural, ao oportunismo de empresários e ao artificialismo das relações entre o público e seus ídolos. Vivendo quase no esquecimento, o produtor e a mulher encontram em um bosque, envolta em plástico, semienterrada e quase morta, uma criança recém-nascida. A menina recebe o nome de Theres. Lennart vê nela a oportunidade de preservar a música em sua mais pura essência e um resgate da própria existência.
Para poder se dedicar ao seu projeto musical, o produtor se afasta da mulher e do filho Jerry. Lennart cuida da instrução de Theres e a cerca da melhor música. A menina demonstra ter um talento surpreendente e quase milagroso, uma belíssima. Theres também tem um peculiar interesse em “desconstruir” objetos, conceitos e, com o desenrolar da trama, pessoas. Fascinada com a menina, Laila acaba aderindo ao projeto do marido. Assim, a Pequenina ou Estrelinha, como o casal chama Theres, é criada em segredo em um porão. Com o passar dos anos, a menina cresce “longe dos males da sociedade”, alega e transforma a vida dos pais adotivos até revelar uma lado perturbador e violento. Theres quer o seu lugar de direito no mundo da música e vai “desconstruir” os que atrapalharem.
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