Um mundo tomado pelas incertezas e angústias da Guerra Fria serviram de inspiração para o escritor Walter M. Miller Jr. escrever o livro Um cântico para Leibowitz, que ganha nesse ano uma nova edição pela editora Aleph (tradução de Maria Silvia Mourão Netto, 400 páginas, R$ 49,90) – a anterior, publicada por outra editora, é do final da década de 1980. Além do texto integral, a nova edição traz um glossário cultural e uma lista de termos e expressões em latim não traduzidos pelo autor.
Lançado originalmente em 1959, Um cântico para Leibowitz rendeu a Walter M. Miller Jr. o prêmio Hugo de 1961. A história do livro mostra uma humanidade que quase foi extinta pelo holocausto nuclear e mergulha em um período de trevas, assombrada pela herança atômica e o vazio de uma civilização. A raiva e a violência dos sobreviventes do Dilúvio de Fogo arrasaram com o conhecimento humano acumulado por milênios. Coube aos monges da Ordem Albertina de São Leibowitz recolher, preservar e interpretar os vestígios de uma cultura esquecida. Seiscentos anos depois do Dilúvio, no deserto de Utah, o inesperado encontro entre um jovem noviço e um velho peregrino guarda uma importante descoberta, um elo frágil com o distante século XX.
Na década de 1980, Walter M. Miller Jr. chegou a escrever uma continuação do romance, Saint Leibowitz and the Wild Horse Woman, porém, o autor morreu antes de terminá-la. Coube ao escritor e amigo Terry Bisson concluir o trabalho.
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