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Lançamento de livro sobre projeto cultural dentro do sistema prisional feminino paulistano

O livro O direto do olhar – Publicar para replicar documento todo o andamento de um concurso cultural realizado entre a população feminina do sistema prisional da cidade de São Paulo

– 25/04/2010

O Instituto de Defesa do Direito de Defesa (IDDD) foi fundado em julho de 2000 por um grupo de advogados dedicados, em sua maioria, ao direito criminal com o objetivo claro de fortalecer o direito de defesa e o respeito aos direitos individuais.

Em 2005, o IDDD promoveu o concurso cultural “O direito do olhar” com o objetivo de levar arte e cultura para as crianças, adolescentes, mulheres e funcionárias do sistema prisional da cidade de São Paulo, incentivando-as a expor seus sonhos e expectativas. O projetoocorreu dentro das penitenciárias, hospitais de custódia e unidades da Fundação CASA (ex-Febem), e tinha como proposta fazer com que presas e agentes carcerárias trabalhassem em produções artísticas.

Com o apoio da Bolsa de Arte do Rio de Janeiro e da Fundação Conrado Wessel, o concurso foi realizado em todos os estabelecimentos prisionais femininos da capital paulista. O número de inscrições foi de 680, de um total de 3700 presas. Foram selecionadas 120 participantes em cada categoria, totalizando 360. O projeto “O direito do olhar” recebeu, em 2005, moção de aplauso e congratulação do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária do Ministério da Justiça e menção honrosa do Prêmio Betinho – Cidadania e Democracia.

O projeto cultural foi todo documentado no livro O direto do olhar – Publicar para replicar, que será lançado no dia 28 de abril (quarta-feira), às 10h30, no Lions Nightclub (Avenida Brigadeiro Luís Antônio, 277, 1º andar – São Paulo, SP). Além de celebrar o êxito do projeto, o evento quer propor a continuação dele e comemorar os 10 anos do IDDD.

A obra reúne todo desenvolvimento do concurso, desde da montagem do concurso até a premiação das vencedoras e uma exposição. A ideia é que o projeto seja aplicado em outros estados e até mesmo outros países. A publicação traz textos de Flávia Rahal e Luís Guilherme Vieira, respectivamente, presidente e diretor cultural do IDDD. O prefácio é do cantor Gilberto Gil e o posfácio é de Márcio Thomaz Bastos, advogado criminal, ex-ministro da Justiça e idealizador do IDDD. Os depoimentos de alguns dos jurados envolvidos também estão presentes na obra. O projeto do livro foi contemplado pelo processo de seleção pública do Programa Petrobras Cultural, no segmento de Educação para as Artes.

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