Além de escritor, o pai do Sítio do Pica-pau Amarelo também foi tradutor. Entre as obras traduzidas por Monteiro Lobato estão O livro da jângal, de Rudyard Kipling, e O lobo do mar, de Jack London. Esses dois livros foram lançados pela editora Martin Claret, com traduções atribuídas a Alex Marins e Pietro Nassetti. Porém, o Ministério Público Federal investiga a denúncia de plágio de tradução feita por Denise Bottmann. Segundo a tradutora, a Martin Claret copiou as traduções de Lobato e creditou os trabalhos a outras pessoas.
Denise mandou uma petição e várias fotocópias às livrarias pedindo que estas tirassem de circulação as edições irregulares. Porém, o pedido da tradutora foi ignorado. Em março de 2009, a petição foi enviada ao Ministério Público, que irá determinar até abril se houve ou não reprodução não-autorizada dos trabalhos de Lobato.
A detentora dos direitos sobre as traduções de Monteiro Lobato, a IBEP/Companhia Editora Nacional, fez um acordo com Martin Claret. Todavia, as edições irregulares continuam sendo vendidas. Não houve nenhum acerto na parte de crédito no que diz respeito à tradução.
Se as irregularidades nas traduções forem confirmadas, o Ministério Público Federal deve indiciar a Martin Claret no artigo 216 da Constituição Federal, que defende o patrimônio cultural brasileiro. A pena pode ser a prisão dos envolvidos, a retirada dos livros de circulação ou a inclusão de uma errata nas obras.
As informações são do Último Segundo, via blogue Não gosto de plágio.
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