Não é nenhuma novidade que as editoras publicam adaptações em quadrinhos de obras clássicas, mas em 2009 esse tipo de publicação se encontra em crescimento. As editoras e quadrinistas resolveram se aprofundar nas adaptações. Entre as novidades estão Jubiabá (Quadrinhos na Cia., 96 pág., R$ 33), recriação de Spacca do livro de Jorge Amado; O pagador de promessas (Agir, 72 pág., R$ 44,90), peça de Dias Gomes ilustrada por Eloar Guazzelli; Luiz Gê e Ivan Jaf adaptaram em quadrinhos O guarani (Ática, 96 pág, R$ 22,90), de José de Alencar; e uma nova adaptação de O alienista (Ática, 72 pág., R$ 22,90), foi feita por Luiz Antonio Aguiar e Cesar Lobo. Estão por vir: O ateneu, de Bira Dantas (Escala); O cortiço, de Ivan Jaf e Rodrigo Rosa (Ática); e Triste fim de Policarpo Quaresma, de Edgar Vasques e Flavio Braga (Desiderata).
O grande quadrinista Luiz Gê está de volta aos quadrinhos. A adaptação de O guarani marca o retorno. “As editoras grandes abriram os olhos e estão publicando quadrinhos. É a primeira vez na minha vida que existem boas condições para fazer quadrinhos no Brasil”, afirma Gê.
O alienista parece ser a obra preferida dos quadrinistas. São três adaptações. Além de Luiz Antonio Aguiar e Cesar Lobo, já recriaram a história de Machado de Assis os irmãos gêmeos Fábio Moon e Gabriel Bá (2007) e Lailson de Holanda Cavalcanti (2008).
Spacca vê uma oportunidade de aumentar o número de leitores de quadrinhos com a onda de adaptações literárias. “Espero que sejam uma brecha para impactar os leitores e mostrar que as histórias em quadrinhos são muito mais que isso”, diz o artista que adaptou Jubiabá.
“Cada um que aparece mostra um jeito independente de adaptar”, afirma Luiz Gê. “Muito pode ser feito. O gênero está longe de se esgotar.”
Fonte: Folha Online.
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