Curioso para saber o que a sua editora favorita vai lançar em 2015? Ótimo, você está no lugar certo. Até a primeira semana de março, iremos divulgar aqui os lançamentos previstos para 2015. Vale lembrar que essas informações são previsões. As editoras podem mudar de ideia: adiar algum lançamento para 2016 ou deixar o livro na geladeira por tempo indeterminado. Tudo depende da situação do mercado editorial. Normalmente as editoras cumprem o que prometem. Como sempre fazemos, vamos divulgar os lançamentos das editoras grandes e pequenas. Pretendemos com essa atitude mostrar que os bons livros não estão concentrados em cinco ou seis editoras. Por se tratar de uma matéria com grande quantidade de atualizações, sugerimos a você nos seguir nas redes sociais, pois é através delas que iremos divulgar as mudanças desse post. Estamos no Twitter, Facebook e Google+.
ATUALIZAÇÕES
08/01 – Lançamentos da Grua.
09/01 – Atualização das listas da Companhia das Letras, da Estação Liberdade e da Globo. Inclusão dos livros da Poetisa.
10/01 – Inclusão dos livros da Carambaia.
12/01 – Atualização da lista da Cosac Naify. Inclusão dos livros do selo Encrenca.
13/01 – Atualização da lista da Cosac Naify. Inclusão dos livros da Mundaréu.
16/01 – Inclusão dos livros da Zahar.
17/01 – Atualização da lista da Aleph. Inclusão dos livros da Nova Fronteira.
18/01 – Inclusão dos livros da Rádio Londres.
19/01 – Inclusão dos livros da Veneta.
21/01 – Inclusão dos livros da WMF Martins Fontes e do Selo Martins.
24/01 – Atualização da lista do selo Tordesilhas.
25/01 – Inclusão dos livros da Argonautas e da Balão Editorial. Atualização da lista da WMF Martins Fontes.
31/01 – Inclusão dos livros da Substânsia.
03/02 – Inclusão dos livros da Draco e nVersos. Atualização da lista da Aleph.
18/02 – Inclusão dos livros da Dublinense e da Não Editora.
24/02 – Inclusão dos livros da Rocco, Penalux e Móbile.
Grupo Autêntica (Autêntica e Gutenberg)
Dona de um invenjável catálogo de ficção científica, a Aleph divulgou durante o ano passado vários de seus lançamentos para 2015. Em abril chega às livrarias uma nova edição do livro O planeta dos macacos, do francês Pierre Boulle, adaptado diversas vezes para cinema, televisão e quadrinhos. A nova edição traz uma série de extras (maiores detalhes em breve). Outra obra bastante popular que ganha nova edição é O parque dos dinossauros (Jurassic Park), de Michael Crichton. Na trama do livro é desenvolvida uma técnica para recuperar e clonar o DNA dos dinossauros. Michael Crichton levanta a questão do perigo das pesquisas científicas conduzidas de forma irresponsável. Em 1993, o cineasta Steven Spielberg adaptou a obra para o cinema. A edição da Aleph chega às livrarias em maio.
Também estão previstos três livros do escritor Robert Heinlein: Tropas estelares, Um estranho em uma terra estranha e Revolta na Lua. O livro Tropas estelares (Starship troopers), com lançamento para junho, narra a história do soldado Juan “Johnny” Rico, que participa de uma guerra no planeta Klendathu contra insetos alienígenas. Estes haviam atacado a Terra e destruído Buenos Aires. O romance Um estranho em uma terra estranha (Stranger in a strange land) conta a história de Valentine Michael Smith, um homem criado por marcianos. Quando adulto, Valentine retorna à Terra e promove mudanças na cultura do planeta, o que irá irritar as autoridades. E finalmente, Revolta na Lua (The Moon is a harsh mistress), que fala sobre a guerra de independência de uma colônia penal localizada na Lua, nos anos 2075 e 2076. O protagonista é um hacker com um braço mecânico e cujo melhor amigo é uma inteligência artificial.
Outro livro bastante popular entre os fãs de ficção científica é Old man’s war, romance de estreia de John Scalzi. A obra tem como protagonista John Perry, um publicitário aposentado, que se junta às forças militares para proteger os habitantes das colônias espaciais da Terra. Depois de passar por uma série de estranhos testes psicológicos, a mente de Perry é transferida para um organismo criado a partir de seu DNA. O novo corpo possui musculatura reforçada, pele verde e olhos amarelos. Além de seguir a evolução de Perry na carreira militar, o leitor acompanha as várias batalhas do personagem contra os inimigos extraterrestres.
Também entre os lançamentos para 2015 está The forever war, de Joe Haldeman. O romance ganhou os prêmios Nebula, em 1975, e Hugo, em 1976. O livro mostra as dificuldades do personagem veterano de guerra William Mandella em se adaptar à nova realidade terrestre. William havia ido combater uma poderosa raça alienígena em lugar distante a milhares de anos-luz. Graças a dilatação do tempo causada por viajens espaciais, o personagem envelheceu alguns meses apenas; enquanto na Terra se passaram séculos.
E por fim temos Ancillary justice, romance de estreia da estadunidense Ann Leckie. A obra ganhou vários prêmios importantes neste ano: Hugo, Nebula, Arthur C. Clarke, Locus e BSFA. A trama se passa em um planeta dominado pelo gelo. O protagonista é o que restou de uma inteligência artificial de uma antiga nave, com o poder de controlar ao mesmo tempo dezenas de carçacas humanas. Devido à uma traição que colocou sua missão em risco, a inteligência artificial assumiu a forma do soldado humano Breq. Cheio de perguntas sem perguntas, o soldado parte em busca de vingança.
Para quem gosta livros baseados em filme, a Aleph vai lançar Alien, a história do primeiro filme da franquia, dirigido por Ridley Scott. Alan Dean Foster é o autor deste livro que será lançado no segundo semestre de 2015.
No dia 16 de janeiro, a Aleph divulgou no Facebook seu cronograma de lançamentos para o primeiro de 2015. Para os fãs de Star Wars estão previstos 4 livros: Kenobi (março) e Um novo amanhecer (junho), de John Jackson Miller; Crucible (abril), de Troy Denning; e Dark Force rising (maio), de Timothy Zahn.
Dois livros da editora ganham novas edições. Snow crash (Nevasca), Neal Stephenson, chega em fevereiro; enquanto A máquina diferencial, William Gibson e Bruce Sterling, em abril. A trilogia Blue Ant, de William Gibson, termina em fevereiro. A Aleph vai publicar História Zero. Arthur C. Clarke é outro autor clássico que tem mais um livro publicado pela editora. Em março chega às livrarias As fontes do paraíso, cuja história fala sobre o ousado projeto de um engenheiro para tornar acessíveis as viagens espaciais.
Em abril chega Sombras do paraíso, de David S. Goyer e Michael Cassutt, em que um objeto vindo do espaço causa pânico na Terra e coloca a humanidade em contato com ameaças alienígenas. É o primeiro livro de uma trilogia.
No mês seguinte, a editora publica o primeiro volume da trilogia de fantasia Elenium, de David Eddings. Em O trono de diamante, um cavaleiro retorna ao seu reino depois de um longo exílio para descobrir que a jovem rainha foi vítima de uma doença fatal, a mesma que matou o rei. Entretanto, graças a um feitiço, a rainha continua viva. Se a cura não encontrada dentro de um ano, o esforço terá sido em vão.
Em junho chega CyberStorm, de Matthew Mather, que conta a história de Mike Mitchell, um homem comum que luta para manter sua família e viva em um mundo assolado por uma série de desastres: tempestades de neve monstruosas, uma epidemia mortal e uma pane na internet e nos sistemas de comunicação.
Para os fãs de quadrinhos, a Aleph lança em março O Perfuraneve, de Jacques Lob e Jean-Marc Rochette. Na história, depois de um cataclisma global, os sobreviventes são obrigados a viver dentro de um gigantesco trem. Os mais ricos ficaram com os melhores vagões, enquanto os pobres vivem nos últimos e mais gelados carros do trem.
A Aleph não se esqueceu daqueles que gostam de música. Os fãs de Lou Reed terão motivos para comemorar. Em junho chega Transformer – The complete Lou Reed story, de Victor Boris.
Bastante conhecido por aqueles que pretendem se tornar escritores, A jornada do escritor, de Christopher Vogler, apresenta todas as etapas de construção de personagens e o que é necessário para se escrever uma boa história. Vogler se baseia nos estudos do do mitólogo Joseph Campbell, principalmente no livro O herói de mil faces. A Aleph lança o livro de Christopher Vogler em maio.
No final de janeiro, a Aleph anunciou mais um título. O clássico Eu sou a lenda, de Richard Matheson, ganha uma nova edição. Na obra o leitor acompanha a vida de Robert Neville, aparentemente o único sobrevivente de uma epidemia de vampirismo. A obra foi adaptada três vezes para o cinema. A última delas, 2007, teve o ator Will Smith no papel principal. A Aleph pretende lançar o livro no segundo semestre.
A obra do escritor H.P. Lovecraft serviu de inspiração para os contos da antologia Herdeiros de Dagon.
No primeiro semestre de 2015 a editora Argonautas lança o livro Herdeiros de Dagon, uma antologia de contos de escritores brasileiros que se inspiram nos mitos lovecraftianos.
O personagem Macaco Albino, de de Leandro Robles. Imagem: divulgação.
A Balão Editorial vai lançar mais um títulos de tirinhas de Leandro Robles, autor de Escola de Animais. Trata-se de Macaco Albino.
A editora também vai publicar dois títulos de literatura estrangeira. O primeiro é Imago, de Carl Spiteller, autor suíço (Prêmio Nobel de Literatura em 1919). A tradução foi patrocinada pelo fomento Helvetia, também suíço. A obra chega às livrarias no primeiro semestre. Publicado originalmente em 1906, o livro teve um sucesso considerável dentro da comunidade psicanalítica que estava surgindo. No enredo, o jovem poeta Viktor viaja para a cidade X para encontrar a misteriosa Theuda, o amor da sua vida. Com o decorrer da história, aparecem personagens singulares como a Rigorosa Senhora, capaz de controlar as ações de Viktor até à loucura; Pseuda, a falsa Theuda, que jura nunca ter visto o jovem poeta em sua vida; e Imago, “responsável” por todos os males que acontecem com Viktor. Misturando realidade e fantasia, o livro serviu de inspiração para Carl Gustav Jung criar o conceito de imago.
O outro título, que será lançado no segundo semestre, reúne dois contos do escritor austríaco Arthur Schnitzler. Ambos foram escritor em 1900. A tradução está sendo fomentada pelo Instituto Goethe. O conto “O cego Gerônimo e seu irmão” apresenta dois irmãos italianos, Gerônimo e Carlos. Eles sobrevivem graças às esmolas que Gerônimo conseguem cantando e tocando violão. Um dia os dois irmãos encontram um viajante que lhes dá uma moeda de baixo valor, mas mente dizendo que deu uma moeda de ouro e que Carlo tentaria enganar Gerônimo. A mentira resulta na briga entre os dois irmãos. Já “Lieutnant Gustl”é um monólogo interior de um soldado do exército austro-húngaro. A narrativa rendeu a Schnitzler, que era oficial médico, a expulsão do exército, pois criticava o código de honra da instituição. O conto foi o primeiro texto em alemão a usar o fluxo de consciência.
Conforme informação da coluna de Ancelmo Gois no jornal O Globo (via PublishNews), a editora Boitempo vai lançar no primeiro semestre de 2015 mais um livro do cubano Leonardo Padura, autor de O homem que amava os cachorros. Em Hereges, a história gira em torno da viagem do navio St. Louis, que em 1939 saiu da Alemanha com destino a Cuba levando mais de 900 refugiados judeus. Com o livro, Padura ganhou o X Prêmio Internacional de Novela Histórica (Espanha).
De Marcel Proust, a Carambaia lança Salões de Paris, que traz muitas crônicas nunca publicadas antes em livro
A editora Carambaia pretende lançar três livros no final de fevereiro de 2015. Banido pelos nazistas por ter sido escrito por um judeu pacifista, o livro Homens em guerra, do austro-húngaro Andreas Latzko, é baseado nas experiências do autor na Primeira Guerra Mundial. A obra traz seis histórias sobre a destruição da guerra. O livro tem apresentação de Stefan Zweig e tradução de Claudia Abeling.
Outra obra baseada nas experiências de seu autor na Primeira Guerra é Soldados rasos, do australiano Frederic Manning. O escritor publicou a primeira versão do livro com o pseudônimo de Soldado 19022. Apesar de pouco conhecido pelo público, Manning influenciou escritores como T.E. Lawrence, Ezra Pound e Ernest Hemingway. A apresentação de Soldados rasos é do jornalista australiano Simon Caterson, enquanto a tradução é de Fal Azevedo.
O livro Juncos ao vento é o principal trabalho da italiana Grazia Deledda, a segunda mulher a ganhar o Nobel, em 1926. A editora Carambaia lança uma nova edição em português desse livro que trata da vida dos habitantes da Sardenha, terra natal de Deledda. A apresentação é de Maria Teresa Arrigoni, e a tradução, de Maria Augusta Bastos.
Em março chega às livrarias Salões de Paris, de Marcel Proust, que reúne crônicas dos salões parisienses da virada do século XX publicadas em jornais e revistas. Muitas dessas não foram publicadas em livro, mesmo na França. Guilherme Inácio da Silva apresenta e comenta cada crônica. A tradução ficou por conta de Caroline Fretin de Freitas e Celina Olga de Souza.
Capa da adaptação em quadrinhos feita pelos irmãos pelos irmãos Fábio Moon e Gabriel Bá do livro Dois irmãos, do escritor Milton Hatoum
A editora tem 10 livros programados para janeiro. Para os fãs de literatura juvenil chegam A ascensão das trevas, terceiro volume da série A queda dos reinos, e Atrás das linhas inimigas, sexto volume de Infinity Ring. Há ainda A casa assombrada, de John Boyne, primeira incursão do autor de O menino de pijama listrado no mundo das histórias de fantasmas. Para os leitores de ficção policial chegam mais duas histórias do comissário Maigret: O quarto azul e A dançarina do cabaré. Os pequenos também não foram esquecidos, a Companhia das Letras publica O escuro, de Lemony Snicket. O autor aborda de forma sensível um dos medos mais comuns das crianças. O livro de estreia de Miguel Del Castillo também chega em janeiro. Em Restinga o autor combina memória, política e histórias familiares. No mesmo mês também chega às livrarias mais um livro de Amós Oz. Em coautoria com a filha, a historiadora Fania Oz-Salzberger, Oz reconstrói a história do judaísmo em Os judeus e as palavras. Outro israelense que chega às livrarias é David Grossman. Em O livro da gramática interior o autor mostra o conflito arábe-israelense pelos olhos de um garoto de doze anos. E para fechar o mês, o livro de contos Não preciso mais de você, do escritor e dramaturgo estadunidense Arthur Miller, cujo centenário acontece em 2015.
Em março a editora publica mais um livro de Nick Hornby. Lançado em novembro de 2014 na Inglaterra, Funny girl tem como protagonista Sophie Straw, vencedora de um concurso de beleza de Blackpool. A personagem vai à Londres com o objetivo de se tornar uma estrela de comédia na TV. Sophie consegue ser a estrela do programa Wedded Bliss, uma sitcom dos anos 1960. Os leitores também terão a chance de acompanhar a vida dos outros atores e da equipe de produção do programa.
A jornalista e tradutora catalã Milena Busquets terá seu primeiro livro publicado no segundo semestre. Em También esto pasará, uma mulher, após a morte da mãe, decide passar um verão com filhos, amigos, seus dois ex-maridos e seu amante. Outro título programado para 2015 é Galveias, novo romance de José Luís Peixoto. O livro tem como cenário uma pequena vila localizada na zona rural portuguesa. Há ainda o romance de estreia de Elif Batuman, autora do livro Os possessos. Para escrever Two lives, Elif se inspirou em um comentário de Tchékhov sobre o fato de todos terem duas vidas: uma visível, cheia de falsidade; e outra secreta, significativa e em que está a nossa essência. O livro é um relato romanceado das experiências como jornalista da autora. O romance mostra as histórias contadas e as não contadas pela protagonista narradora, além da tentativa desta de encaixar o amor em sua vida.
Entre os títulos programados para este ano, um dos mais aguardados é a adaptação em quadrinhos feita pelos irmãos Fábio Moon e Gabriel Bá do livro Dois irmãos, do escritor Milton Hatoum. Depois de quatro livros, o detetive Remo Bellini, criado pelo guitarrista Tony Bellotto, ganha uma história em quadrinhos. Com roteiro do próprio Bellotto e arte de Pedro Franz, a graphic novel Bellini e o Corvo chega às livrarias ainda no primeiro semestre desse ano.
Conforme informação do jornal Rascunho, a Companhia das Letras vai lançar uma edição ampliada e reorganizada do livro Ensaio sobre o entendimento humano, do tradutor Caetano Galindo, que ganhou bastante destaque em 2014 pela tradução do livro Graça infinita, de David Foster Wallace. Com Ensaio sobre o entendimento humano, Galindo venceu o Prêmio Paraná de Literatura de 2013 na categoria Conto. Provavelmente a nova edição do livro virá com um novo título.
Durante o ano passado, a coluna Babel publicou algumas notas sobre futuros lançamentos da Companhia das Letras para 2015. No primeiro semestre chega às livrarias o livro The buried giant (O gigante enterrado), sétimo romance do japonês Kazuo Ishiguro. O livro fala sobre amor, vingança, guerra e memórias perdidas. Ainda em 2015, a Companhia lança o livro de estreia do nigerianoTeju Cole. Em Every day is for the thief, o autor conta a história de um estudante de psiquiatria que retorna à Nigéria depois de 15 anos vivendo em Nova York.
Ancelmo Gois, em sua coluna no jornal O Globo, também publicou algumas notas sobre futuros lançamentos da Companhia das Letras para 2015. A partir de fevereiro, a editora começa a reedição da obra de José J. Veiga. Os dois primeiros títulos são A hora dos ruminantes e Sombra dos reis barbudos. No mesmo mês deve chegar às livrarias Roth libertado, um ensaio biográfico sobre Philip Roth escrito pela jornalista estadunidense Claudia Roth Pierpont. Em março, sai Escuta, novo livro de poemas de Eucanaã Ferraz.
Outra coluna que trouxe informações sobre futuro lançamentos foi o Painel das Letras, do jornal A Folha de S. Paulo. A Companhia continua a reeditar livros do escritor José Cândido de Carvalho. Em 2015 serão publicados os livros de contos Porque Lulu Bergantim não atravessou o Rubicon e Um ninho de mafagafos cheio de mafagafinhos. Outro autor que terá suas obras reeditadas pela Companhia é Thomas Mann, cujas principais obras serão lançadas neste ano: A montanha mágica, Morte em Veneza, Tonio Kröger, Doutor Fausto e As confissões de Felix Krull. Outro autor clássico que volta às livrarias é o italiano Tomasi di Lampedusa. Estão previstos o romance O gattopardo, o livro de contos I racconti e o livro de correspondências Viaggio in Europa.
Em uma matéria para o caderno Ilustrada, do jornal A Folha de S. Paulo, a jornalista Raquel Cozer cita dois importantes lançamentos para 2015. Com fortes traços autobiográficos, o romance Rãs, do chinês Mo Yan, descreve as consequências da “política de filho único” na China. Já O lugar mais sombrio, de Milton Hatoum, é o primeiro romance do escritor amazonense a ter uma mulher como narradora e trata do exílio na Paris dos anos 1970 e 1980.
Em um post em seu blog, a Companhia das Letras divulgou mais alguns lançamentos para 2015. No mês de maio chega A ilha da infância, terceiro volume da série autobiográfica Minha luta. Neste volume, o norueguês Karl Ove Knausgård fala sobre sua infância e sua relação com uma mãe coruja e um pai cruel. Também em maio chega mais um livro de Martin Amis, A zona de interesse. Nesta obra um rei pede para um mago criar um espelho mágico. O objeto não mostra o reflexo das pessoas, mas quem elas são realmente. O rei não fica satisfeito com o que vê no espelho mágico. Amis escreve uma história sobre o que acontece quando descobrirmos quem realmente somos. No mês de junho chega às livrarias o romance Nora Webster, de Colm Tóibín. No livro, a personagem que dá nome à obra é uma mulher que vive em uma cidade pequena com os quatro filhos. Nora está tentando reconstruir sua vida após a morte do marido. No segundo semestre a Companhia lança mais um livro de contos Lydia Davis: Can’t and won’t, que reúne narrativas que iluminam momentos particulares de vidas ordinárias e encontram neles humor, ironia e surpresa. Sem data prevista está o livro How to be Both, de Ali Smith. Vencedor do Prêmio Costa de Literatura, o livro é dividido em duas partes, cada uma com um personagem distinto: um adolescente dos anos 1960 e um jovem artista do século XV.
De acordo com a coluna Babel, o próximo livro de Enrique Vila-Matas sai em julho. O título é Não há lugar para a lógica em Kassel. Na trama, um escritor recebe o convite para se trornar uma instalação em uma feira de arte contemporânea.
O caderno Ilustríssima, do jornal A Folha de S. Paulo, publicou um trecho do romance Sangue no olho, da chilena Lina Meruane. O livro chega às livrarias em fevereiro e conta a história de uma mulher fica chega após o olho encharcado de sangue.
A editora anunciou em seu blog as novidades de seu catálogo adulto para 2015. A Cosac Naify dá continuidade à publicação das obras de Murilo Mendes. No primeiro semestre serão publicados Tempo espanhol e Sicilianas em um só volume, além de As Metamorfoses. No segundo semestre chega às livrarias Contemplação de Ouro Preto, Poesia Liberdade e Poliedro.
O primeiro semestre será dos clássicos. Em Absalão, absalão!, de William Faulkner, a história é ambientada no sul dos Estados Unidos durante e após a Guerra Civil Americana. Narra a ascensão e queda de Thomas Sutpen, fundador de uma dinastia que acaba sendo destruído por seus próprios descendentes. A publicação de Moll Flanders, de Daniel Defoe, marca a retomada da coleção Prosa do Mundo. O livro se apresenta como autobiografia de uma mulher controversa, vista como a primeira protagonista da classe baixa na literatura inglesa. Uma das mais conhecidas obras de Samuel Beckett, Esperando Godot, ganha uma edição com tradução do professor de teoria literária da Universidade de São Paulo Fábio de Souza Andrade. Na trama, dois vagabundos aguardam infinitamente a vinda do senhor Godot, que nunca aparece. Também chega às livrarias o livro As pequenas virtudes, da italiana Natalia Ginzburg. A obra reúne onze textos situados entre o ensaio e a autobiografia. O livro é considerado uma das grandes obras da escrita memorialística do século XX.
Já no segundo semestre, além dos livros de Murilo Mendes, chegam às livrarias mais dois títulos. A Cosac Naify lança mais um livro do chileno Alejandro Zambra: Meus documentos. Neste livro de contos, traça a existência sem graça de homens que se agarram a uma antiga ideia de masculinidade ou que buscam desesperadamente no amor algum sentido para a vida. Em dois volumes, a editora lança uma edição crítica feita pela professora Walnice Nogueira Galvão do livro Os sertões, de Euclides da Cunha. Além do texto integral, a edição traz as alterações feitas pelo autor, um ensaio fotográfico de Flávio de Barros sobre a Guerra de Canudos, um caderno de imagens e uma fortuna crítica com textos de Antonio Candido, Gylberto Freire, Luiz Costa Lima e Antonio Houaiss, entre outros.
A editora Draco começou 2015 lançando 4 títulos: três romances e um volume de histórias em quadrinhos. Em Até o fim da queda, de Ivan Mizanzuk, um escritor de terror se torna sucesso absoluto ao reconstituir em seu livro a história por trás do suicídio de sete jovens. A obra também alcança as páginas policiais, pois leitores dela estariam se matando após a sua leitura. Em Terra Morta: Infecção, Tiago Toy continua sua série sobre zumbis. O protagonista Tiago Rodrigues consegue escapar de uma misteriosa organização e se refugia em São Paulo. Mas, a grande metrópole também foi tomada por zumbis famintos. Ambientado no mesmo universo de O desejo de Lilith, o novo livro de Ademir Pascale, Caçando demônios, traz o personagem Rafael Monte Cerquillo, aliado aos dois poderosos guerreiros, lutando contra as criaturas da noite pelas ruas de São Paulo para impedir que um terrível demônio seja libertado. Com organização de Raphael Fernandes, a coleção Imaginários em Quadrinhos chega ao seu terceiro volume. Os leitores poderão conferir os trabalhos dos quadrinistas Roger Cruz, Rod Reis, Breno Tamura, Thiago Cruz, Edson Oda, João Pinheiro, Jun Sugiyama, Junior Ferreira, Lillo Parra, Juliano Oliveira e Gustavo Hildebrand. Também foi lançado em janeiro o ebook Império de Diamante, de J.M. Beraldo. Ambientada em um universo fantástico baseado nas culturas africanas, a história traz quatro indivíduos envolvidos com o segredo do governante de um poderoso império em crise.
Dois livros que estão programados para este ano são Clube dos Herdeiros, de Fabiana Madruga, e Super Desapegada, de Jaqueline de Marco. O primeiro traz uma história ambientada no mundo da alta sociedade carioca, o que se esconde atrás de tanto glamour. Já o livro de Jaqueline de Marco é uma comédia romântica em que uma famosa blogueira se une a um rival de infância para impedir o casamento do melhor amigo dela.
Em matéria da revista O Grito!, a editora Draco revelou alguns de seus títulos em quadrinhos programados para 2015. Em Apagão — Cidade sem lei/luz, de Raphael Fernandes e Camaleão, temos a cidade de São Paulo dominada por gangues depois de três meses às escuras. Duas mulheres lutando contra pistoleiros com membros mecânicos são as protagonistas de Steampunk Ladies — Vingança a vapor, de Zé Wellington, Di Amorim e Wilton Santos. Desenhado em estilo mangá, Quack — O ovo ou o pato, de Kaji Pato, mostra a amizade entre o garoto Baltazar e um pato. De Raphael Fernandes e Abe, Ditadura no Ar — Volume 1, é ambientado na época da ditadura militar. A obra de Robert E. Chambers serviu de inspiração para a coletânea de terror e fantasia Rei Amarelo em Quadrinhos, com histórias de Raphael Salimena, André Freitas, Pedro Pedrada e outros autores. Já Boys Love em Quadrinhos traz histórias de aventura, mistério e romance que têm em comum o amor entre dois homens. Também está previsto o quarto volume da coleção Imaginários em Quadrinhos, com histórias de João Pirolla, Rafael Dantas, MJ Macedo, Milena Azevedo e outros autores.
O escritor português José Luís Peixoto, que lança pela Dublinense o livro Morreste-me. Foto: Ralg23.
Do badalado e premiadíssimo escritor português José Luís Peixoto, a Dublinense lança a novela Morreste-me (2000), livro que tornou o autor conhecido em Portugal. A obra fala sobre a morte do pai do escritor e das recordações que ele lhe deixou. Depois do livro de contos Daimon junto à porta, o escritor Nelson Rego lança um livro pela editora. Trata-se da novela fantasmagórica e erótica Noite-Égua. Outro autor que volta a publicar um novo título com a Dublinense é Tailor Diniz, autor de Crime na Feira do Livro. Ainda sem título definido, o livro trará uma nova aventura do detetive Walter Jacquet. O amor proibido entre um trapezista e a filha de um poderoso político é o que move o enredo do romance Respeitável público, de Henrique Schneider. Anteriormente, o escritor publicou pela Dublinense um livro de contos, A vida é breve e passa ao lado. Depois de participar do livro Por que ler os contemporâneos? com o verbete sobre o afegão Atiq Rahimi, Robertson Frizero lança a novela Nosotros.
Depois de duas reedições e uma HQ, o selo Encrenca vai publicar um livro inédito de Fausto Fawcett: Cachorrada doentia – Fundamentalismo à brasileira. Foto: divulgação.
O selo Encrenca tem previsto para o primeiro semestre de 2015 quatro títulos. Depois das reedições de Santa Clara Poltergeist e Básico instinto, além da HQ Katia Flavia, o selo vai publicar mais um livro de Fausto Fawcett, o inédito Cachorrada doentia – Fundamentalismo à brasileira. A obra traz contos e um breve ensaio com a temática da “proliferação de fundamentalismos”. Outro autor que volta com livro novo é Otavio Linhares. Depois de Pancrácio, chega às livrarias o livro O esculpidor de nuvens, que reúne textos curtos do autor. Há ainda o novo livro Luiz Felipe Leprevost, cujo título não foi divulgado. Também está prevista a publicação da novela A Nova Holanda, do paranaense Sérgio Rubens Sossélla (1942-2003), composta de 100 capítulos curtos.
Da esquerda para direita: os escritores japoneses Banana Yoshimoto, Yoko Ogawa e Osamu Dazai. Fotos: divulgação.
Em 2015, a Estação Liberdade continua com a tradição de publicar livros de autores japoneses. Entre os contemporâneos, a aposta da editora são dois nomes femininos: Banana Yoshimoto e Yoko Ogawa. Da primeira, será lançado o livro Adeus, Tsugumi (título provisório), que fala sobre o relacionamento ao mesmo tempo afetuoso e conturbado entre duas primas e a convivência entre elas no último verão em que ficarão juntas, pois uma delas se mudará para Tóquio com o objetivo de iniciar a vida universitária. Já o livro de Ogawa, O museu do silêncio, chega no segundo semestre. Utilizando elementos de thriller, a obra mostra um museólogo encarregado de organizar um sinistro memorial da morte, que reúne objetos recolhidos de locais onde pessoas morreram. Entre os autores de outras gerações, o destaque é Osamu Dazai (1909-1948). Dele, a editora publica O declínio de um homem, em que o autor recorre a elementos biográficos para fazer uma longa e depressiva digressão sobre sua sensação de deslocamento no mundo, tentando entender as razões de sua inabilidade social.
Entre os títulos vindos da Europa, a Estação Liberdade vai lançar várias obras de autores que já fazem parte de seu catálogo. Do filósofo alemão Peter Sloterdijk, de quem a editora publicou sete livros, chega às livrarias Você precisa mudar sua vida, uma reflexão sobre o individualismo na era global. A editora também adquiriu os direitos de publicação do livro Os terríveis filhos dos novos tempos (Die schrecklichen Kinder der Neuzeit). Outro alemão que tem mais um livro lançado pela Estação Liberdade é Peter Handke. Em Ensaio sobre o maníaco dos cogumelos, o leitor é convidado a fazer uma viagem literária decididamente alucinógena. Da polonesa Christa Wolf, autora de Cassandra, a editora lança Medeia, obra na qual a figura mítica e trágica da esposa abandonada de Jasão é reconstruída e despida dos clichês que geralmente a acompanham.
Entre as obras de gastronomia, o italiano Massimo Montanari tem mais um livro lançado pela Estação Liberdade. Depois de História da alimentação (com Jean-Louis Flandrin) e O mundo na cozinha, chega às livrarias Contos da mesa (título provisório). A partir da ideia de que a fome transforma o mundo e a culinária transforma a comida, o livro faz um passeio pela história do Ocidente por meio de contos envolvendo refeições, ambientados entre a Idade Média e a Era Moderna.
Já entre os nomes inéditos, o destaque vem da França. Em Dicionário amoroso das línguas, o poliglota Claude Hagège investiga e analisa uma série de verbetes afetivos, relacionando-os e comparando-os a idiomas diversos.
A editora vai lançar dois livros de autores nacionais. Ponto de fuga é o segundo romance da escritora Paula Fábrio, vencedora na categoria autor estreante com mais de 40 anos do Prêmio São Paulo de Literatura 2013. O livro é inspirado em pessoas e acontecimentos de algumas das viagens da autora. Conforme matéria do escritor Santiago Nazarian para a Folha de S. Paulo, o outro título é O ano que vivi de literatura, de Paulo Scott. O lançamento está previsto para abril. É a abordagem ficcional de uma situação ideal na qual o autor escreve um livro que tem uma ótima repercussão que rende convite para eventos literários, indicações a prêmios e adaptações para cinema e teatro.
O escritor australiano Richard Flanagan, que venceu o Man Booker Prize de 2014 com o livro The narrow road to the deep North. Foto: Mosman Library.
A editora lança pelo selo Biblioteca Azul em 2015 o segundo volume das obras completas do escritor Adolfo Bioy Casares. O volume em questão reúne obras escritas entre 1961 e 1973. Também está nos planos da Globo a publicação da biografia Updike, escrita por Adam Begley sobre o escritor John Updike.
Conforme informação do do jornal Rascunho, a Globo vai lançar mais um livro do irlandês William Trevor. Trata-se de Contos completos.
Recentemente a editora postou em seu blog alguns títulos estrangeiros que pretende lançar em 2015. Um deles é o romance The narrow road to the deep North, do australiano Richard Flanagan. O livro venceu a edição de 2014 do Man Booker Prize. Inspirada na vida do pai do autor, a obra conta a história de Dorrigo Evans, jovem cirurgião australiano feito prisioneiro de guerra e obrigado a trabalhar na construção da Ferrovia da Birmânia, também conhecida Ferrovia da Morte ou Estrada de Ferro Thai-Burma. Construída pelo Japão durante a Segunda Guerra Mundial para dar suporte às suas tropas na invasão da Birmânia (atual Myanmar). Milhares de prisioneiros forçados a trabalhar na construção da estrada de ferro acabaram morrendo. O pai de Richard Flanagan foi um dos sobreviventes.
A Globo vai publicar também uma obra que foi finalista da última edição do Man Booker Prize. Trata-se de To rise again at a decent hour, de Joshua Ferris. O romance é narrado por Paul O’Rourke, um dentista bem-sucedido com uma vida sentimental caótica. Paul se sente deslocado no mundo e tem sentimentos conflitantes sobre a ideia de constituir uma família, o pai dele havia se suicidado. Para piorar, alguém cria no nome de Paul uma conta falsa no Twitter. Enquanto tenta se livrar do perfil, o protagonista descobre que este tem um interesse especial por textos apócrifos do Velho Testamento.
Outra obra vencedora que passa a integrar o catálogo da Globo em 2015 é A girl is half-formed thing, de Eimear McBride, que ganhou o Baileys Women’s Prize for Fiction 2014 (antigo Orange Prize). O livro mostra a trajetória de uma garota irlandesa a partir dos dois anos de idade. A forma como a personagem se expressa vai mudando de acordo com o crescimento e os eventos dramáticos em sua vida. A família da personagem é disfuncional: o pai ausente, a mãe religiosa, o irmão doente, um tio cafajeste. Conforme a protagonista amadurece, ela precisa lidar com o câncer do irmão, o moralismo religioso e o próprio desejo.
Da reclusa escritora italiana Elena Ferrante, a editora publica L’amica geniale, primeiro volume da série Napolitana. O livro conta a história de Elena e Lilly, duas meninas que crescem em uma região pobre da cidade. As duas personagens se tornam amigas inseparáveis na escola e veem nos estudos uma forma de fugir da pobreza. Porém, as meninas crescem e suas prioridades mudam, o que pode abalar a sua união.
O livro Euforia, de Lily King, é inspirado na vida da antropóloga Margaret Mead. Na década de 1930, um casal de antropólogos faz uma viagem ao Rio Sepik, na Nova Guiné, e durante a expedição colaboram com um outro antropólogo. Um triângulo amoroso acaba se formando. A obra mistura o choque cultural no contato com os povos nativos, a exposição a doenças tropicais e a elaboração de teorias antropológicas com a dinâmica do desejo entre os personagens.
Entre as obras de não ficção está The empathy exams, de Leslie Jamison, reunião de ensaios em que a autora reflete sobre a capacidade do ser humano compreender a dor do outro. Jamison visitou prisões, pesquisou sobre a violência da guerra contra o narcotráfico no México e conversou com pessoas com doenças que ainda são um mistério para a medicina. Além de observar diferentes tipos de dor e o impacto do sofrimento não apenas naqueles que o experimentam, mas entre os que são solidários, a autora se questiona sobre o significado da empatia.
O escritor Nikos Kazantzákis. Foto: Kazantzakis Museum.
Com tradução direta do grego, a Grua lança uma nova edição de A última tentação de Cristo, de Nikos Kazantzákis. A obra chega às livrarias no primeiro semestre de 2015. O livro traz um Jesus mais humano e sujeito a falhas, o que resultou na excomungação de Kazantzákis pela Igreja Ortodoxa. Em 1988, Martin Scorsese dirigiu a adaptação do livro. O filme causou polêmica e chegou a ser proibido em alguns países. Pela coleção A arte da novela, feita em parceira com a Livraria Cultura, a editora pretende lançar mais quatro volumes. A Grua não informou quais são os títulos.
Grupo Autêntica (Autêntica e Gutenberg)
Personagens da série Moomin, da finlandesa Tove Jansson.
Em 2015 a editora Autêntica começa a publicar o trabalho mais famoso da finlandesa Tove Jansson, a série Moomin, composta de livros infantis e quadrinhos. Estão programadas cinco títulos, entre os quais estão The book about Moomin e Mymble and Little My. Os protagonistas são uma família de criaturas parecidas com hipopótamos brancos. A série não é inédita no Brasil, Conrad e WMF Martins Fontes já publicaram um livro cada uma.
Em parceria com o Instituto Vladimir Herzog, a Autêntica lança o infanto juvenil Um menino chamado Vlado, que mistura realidade e ficção para contar a história do jornalista Vladimir Herzog, torturado e morto por agentes da ditadura militar. Escrito pela escritora e historiadora Marcia Camargos, o livro reconta a infância, a juventude e a atuação política de Herzog. A obra é uma homenagem aos 40 anos da morte de Vladimir Herzog, que ocorrem no dia 25 de outubro de 2015.
Um dos lançamentos da editora Gutenberg para 2015 é o livro Um ano inesquecível, que reúne quatro escritoras bastante populares entre as adolescentes: Thalita Rebouças, Paula Pimenta, Bruna Vieira e Babi Dewet. Cada uma das autoras escreveu um conto sobre aventuras adolescentes correspondente a uma estação do ano. Thalita ficou com o verão; Paula, com o inverno; Bruna, com a primavera; e Babi, com o outono.
Esse texto foi composto com informações da coluna Painel das Letras.
Detalhe da capa do livro A nova república, de Lionel Shriver. Foto: Divulgação/Intrínseca.
A coluna Painel das Letras divulgou dois futuros lançamentos da editora. No começo de 2015, chega às livrarias o romance Galveston, de Nic Pizzolatto, roteirista da série True Detective. A trama do livro é sobre vingança e redenção de um doente terminal. O romance foi premiado pela Academia Francesa de Letras. O outro lançamento é a HQ L’arabe du futur (O árabe do futuro), de Riad Sattouf. O título é o primeiro volume de uma trilogia. O autor, filho de um sírio e uma francesa, relata sua infância na Líbia e na Síria, em meio a guerras, ditaduras e pobreza. Outra informação vinda da Folha de S. Paulo, só que pelo caderno Ilustríssima, fala sobre o livro The sixth extinction – An unnatural history (A sexta extinção – Uma história não natural), de Elizabeth Kolbert, jornalista de ciência da revista The New Yorker. A autora defende a ideia de que o planeta Terra vive a sua sexta onda de extinção de espécies provocada pelo homem.
O PublishNews traz informação sobre dois lançamentos previsto para o primeiro semestre de 2015, ambos estavam concorrendo ao National Book Award de ficção de 2014. Em Station eleven, de Emily St. John Mandel, temos a história de um mundo antes e depois de ser destruído por uma epidemia. Já o romance All the light we cannot see, de Anthony Doerr, a trama se baseia no encontro de uma garota francesa cega e um menino alemão na França ocupada pelos nazistas alemães durante a Segunda Guerra.
Em janeiro, a Intrínseca vai publicar mais um livro de Lionel Shriver, autora de Precisamos falar sobre o Kevin. Em A nova república, Shriver apresenta uma crítica caústica so mundo da política, do terrorismo e dos jornalistas. A trama gira em torno do jornalista Edgar Kellog, que se torna correspodente internacional na fictícia província portuguesa de Barba. A província é lar dos terríveis terroristas separatistas Soldados Ousados de Barba. Quando Barrington Saddler, o carismático líder do grupo, desaparece misteriosamente, Kellog entra em cena para substituí-lo. Também no primeiro mês do ano, chega às livrarias o segundo volume da série A caçada: as presas. Escrita por Andrew Fukuda, a trilogia é uma distopia com vampiros. O protagonista do livro é um dos poucos humanos ainda vivos.
A Móbile continua com a publicação das obras da escritora Dinah Silveira de Queirós (1911-1982). Depois do livro Verão dos infiéis, a editora lança o infantil As aventuras do homem vegetal, com ilustrações de Bel Falleiros. A obra está prevista para ser lançada no primeiro semestre de 2015.
A Mundaréu vai lançar mais dois títulos da coleção Linha do Tempo, que traz obras ligadas a um importante período histórico. Os dois livros estão relacionados à Primeira Guerra Mundial. Em O fogo, do francês Henri Barbusse, o autor foca na história do batalhão em que lutou e dos soldados que lutaram e morreram ao seu redor. Uma obra essencial para entender o impacto da Primeira Guerra no pensamento europeu e o rumo que o mundo tomou após 1918. O outro título também é uma obra autobiográfica, Uma juventude na Alemanha foi escrita pelo dramaturgo Ernst Toller, que lutou na Primeira Guerra e participou das revoluções na Alemanha do pós-guerra. A editora também planeja lançar em 2015 uma nova coleção com textos curtos: contos, novelas e pequenos romances. Os primeiros títulos serão obras europeias da primeira metade do século XX.
Foto: Coordenação do Livro e da Literatura
A Não Editora lança em 2015 Ruína e leveza, de Julia Dantas. O livro é uma mistura de romance de formação com road story. A protagonista é Sara, que decide viajar para o Peru. Durante a viajem, Sara vai conhecendo personagens que vão influenciar o caráter da busca pessoal da protagonista.
Conforme matéria do jornal A Folha de S. Paulo sobre Mário de Andrade, a Nova Fronteira lança até a Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), que ocorre entre os dias 1 e 5 de julho, um volume de contos e crônicas de Mário de Andrade; uma adaptação em quadrinhos de Macunaíma, com roteiro de Izabel Aleixo e ilustrações de Kris Zullo; e o romance inédito Café, centrado na história de um cantador nordestino.
nVersos
A editora lança o livro Machado de Assis: do folhetim ao livro, de Ana Cláudia Suriani da Silva. Originalmente publicada em inglês, a obra analisa o romance Quincas Borba em dois momentos: a publicação original como folhetim na revista de moda A Estação e a publicação como volume único. Ana Cláudia mostra como o folhetim de Machado de Assis dialoga com outros elementos da revista: anúncios, gravuras, colunas etc. Também mostra como as dificuldades enfrentadas pela publicação em folhetim influenciaram a produção da obra definitiva, sua narrativa global ao invés de progressões episódicas lineares. Além disso, a autora aborda como o enfoque da revista A Estação, dedicado à moda e aos interesses da elite, contribuiu para marcar em Machado de Assis uma narrativa realista e irônica, dedicada a criticar os costumes e a situação política do Brasil no século XIX.
Penalux
A editora Penalux lançou pelo selo Castiçal o livro Sol e névoa, de Letícia Palmeira. A protagonista é Lívia, que após o fim de um casamento de 12 anos, retorna à fazenda dos tios, onde passou a infância com os primos Juliana e Bernardo. Na adolescência, Lívia teve um tórrido romance com Bernardo. Porém, um trágico acidente os separou. O amor do passado não se extinguiu. Se quiser ter um futuro, a protagonista deverá superar as mágoas do passado.
Poetisa
A editora Poetisa lançou o seu primeiro livro em novembro do ano passado: a versão inédita e integral de Bela e a Fera, da francesa Jeanne-Marie Leprince de Beaumont. A tradução foi feita pela Marie-Hélène C. Torres, e as ilustrações são do francês Laurent Cardon. Na primeira quinzena de fevereiro está previsto um evento de lançamento em São Paulo, na Livraria Cultura.
Para 2015, a Poetisa pretende lançar mais dois livros infantis. Ainda inédito no Brasil, O Coelho de Veludo é um clássico da literatura infantil inglesa. A história tem como protagonista um coelho de brinquedo que se tornar um animal de verdade. O outro livro é a versão original de Cinderela, escrita por Charles Perrault.
No meio do ano, a editora lança seu primeiro livro para o público adulto: uma coletânea de contos marroquinos. Todas as obras mencionadas serão traduzidas por pesquisadores e profissionais da tradução, além de serem ilustradas por artistas.
Stoner, de John Williams; Viva a música!, de Andrés Caicedo; A vida em espiral, de Abasse Ndione; Minotauro, de Benjamin Tammuz; e Estação Atocha, de Ben Lerner
A editora começa 2015 lançando 5 livros em janeiro: Stoner, de John Williams; Viva a música!, de Andrés Caicedo; A vida em espiral, de Abasse Ndione; Minotauro, de Benjamin Tammuz; e Estação Atocha, de Ben Lerner.
No livro Stoner, John Williams narra os cinquenta anos de vida de William Stoner, filho de camponeses que segue um caminho diferente dos antepassados. Motivado pela paixão pela literatura, torna-se professor universitário. São descritos o afastamento do família, as relações complicadas com os colegas, as amizades marcadas pela guerra, a difícil vida conjugal e o amor clandestino com uma professora mais jovem.
Único romance do colombiano Andrés Caicedo, que se suicidou aos 25 anos, Viva a música! conta a história da viagem iniciática da adolescente María del Carmen pela cidade de Cáli. A voz da personagem, misturando letras de música com reflexões e contrareflexões, conduz o leitor por um caminho em que há violência, suicídios, mortes, gangues e muitas baladas.
Em A vida em espiral, o senegalês Abasse Ndione conta a história de Amuyaakar Ndooy, um motorista de táxi que se torna traficante de maconha. O livro descreve sem falsos moralismos a corrupção, a pobreza, as injustiças e a falta de perspectiva dos jovens senegaleses.
O livro Minotauro, de Benjamin Tammuz, tem como protagonista Alexander, um agente secreto israelense. Afastado da família, ele vive uma crise existencial. Durante uma missão secreta em Londres, Alexander apaixona-se perdidamente por uma adolescente inglesa que encontra em um ônibus. Os dois só se comunicam através de cartas. Uma relação marcada por pedidos estranhos, informações roubadas, perseguições e até uma morte suspeita.
Em Estação Atocha, de Ben Lerner, O jovem poeta Adam Gordon consegue uma bolsa de estudo e muda para Madrid por um ano para concluir um “projeto de pesquisa”. Adam é brilhante mas inconstante e atormentado por dúvidas sobre si mesmo e sua atitude a respeito da Arte. A pesquisa do poeta vira uma reflexão sobre a autenticidade que acaba por alimentar a suspeita de que suas relações, suas reações, sua personalidade e seus poemas são um grande mentira.
Outros livros que chegam no primeiro semestre são Joe Speedboat, de Tommy Wieringa; Corvo, de A.J.A Symons; e Tudo está tranquilo lá em cima, de Gerbrand Bakker.
O livro Joe Speedboat, de Tommy Wieringa, é narrado pelo garoto Fransje Hermans, que após sofrer um acidente, só consegue mexer o braço direito, que usa obsessivamente para escrever e registrar o cotidiano da cidade de Lonmark. A vida de Fransje muda quando ele conhece o cheio de vitalidade Joe Speedboat, capaz de construir um avião e outros objetos insólitos. Os dois garotos se tornam amigos inseparáveis. Com a ajuda de Joe, Fransje vai descobrir que o seu braço não serve apenas para escrever, mas também para lutar.
Em Corvo, de A.J.A Symons, o autor fala sobre a vida e a misteriosa morte do escritor inglês Frederick Rolfe, também conhecido como Barão Corvo, cuja memória foi mantida viva por um pequeno mas devotado grupo de admiradores.
Primeiro romance do holandês Gerbrand Bakker, Tudo está tranquilo lá em cima, conta a história de Helmer, que é obrigado a voltar para a pequena fazenda da família após a morte de seu irmão gêmeo em um acidente de carro. Após a morte do pai, Helmer assume a fazenda. Entretanto, o aparecimento de Riet, que já fora noiva do gêmeo morto, promete provocar mudanças. Um livro sobre a vida no campo e a possibilidade ou impossiblidade de tomar as rédeas de sua própria vida.
Há ainda mais 5 livros programados para o segundo semestre de 2015: Quando tinha cinco anos eu me matei, de Howard Buten; Segunda mão, de Michael Zadoorian; Tirza, de Arnon Grunberg; Dez gansos brancos, de Gerbrand Bakker; e Butcher’s crossing, de John Williams.
O livro Quando tinha cinco anos eu me matei, de Howard Buten, traz uma história engraçada e sombriamente comovente que explora o abismo entre a infância e a vida adulta nas palavras honesta de um menino mal-compreendido. Burton Rembrandt, ou Burt,tem uma visão de mundo impossível para a maioria dos adultos compreender: a de um menino de oito anos. Os pais e professores falam uma língua que Burt não consegue entender. Quando encontra Jessica, o menino encontra alívio dos problemas de quem está crescendo. Porém, quando decide demonstrar o amor que sente por Jessica, Burt é enviado para uma instituição que cuida de crianças com problemas mentais. É nas paredes do lugar que o menino escreve a sua história a lápis.
O romance Segunda mão, de Michael Zadoorian, como pano de fundo o mundo das lojas de artigos usados. Richard é dono da Satori Junk, um brechó. Sua vida sofre uma grande mudança quando a mãe morre. Richard vasculha o porão da casa dos pais em busca de artigos que possam ser vendidos em sua loja. Ele encontra uma caixa com fotos reveladoras. Também conhece e se apaixona por Theresa, uma hipster que compartilha de seu interesse por objetos antigos.
No livro Tirza, de Arnon Grunberg, temos Jörgen Hofmeester, um homem que tinha tudo. Recentemente, ele foi abandonado pela esposa, viu a filha mais velha se afastar, perdeu o emprego e viu suas economias evaporarem. Mas ainda há Tirza, a filha mais nova. Porém, a garota pretende ir morar com o namorado na África, de onde ele não voltará. A Rádio Londres também vai publicar outro romance de Gerbrand Bakker, Dez gansos brancos. Na história, uma mulher em fuga aluga uma fazenda no País de Gales. Lá ela encontra dez gansos brancos. Um a um, eles vão desaparecendo.
Outro autor que terá mais um livro lançado é John Williams. No western Butcher’s crossing, o autor faz uma reflexão sobre a relação entre o homem e a natureza. Devido a uma irresponsável caçada de búfalos, três homens são obrigados a passar por um rigoroso inverno em um vale remoto. Doentes e famintos, eles retornam a um mundo em que não conseguem mais se encaixar.
Em setembro, os escritores Arnon Grunberg e Tommy Wieringa vem ao Brasil. Eles participam de um evento de literatura e cultura holandesas que acontecerá no Rio de Janeiro e em São Paulo com promoção da Fundação Holandesa (Nederlands Letterenfonds).
Rocco
A coluna Painel das Letras noticiou durante o ano passado algumas das novidades da Rocco para 2015. Os fãs dos vampiros de Anne Rice não ficarão apenas com a versão em quadrinhos do romance Entrevista com o vampiro. A editora lança ainda neste ano o livro Prince Leslat. A Rocco também vai lançar neste ano o livro Paying guests, primeiro livro da premiada Sara Waters a ser publicado no Brasil. O livro fala sobre a Inglaterra pós-Primeira Guerra. Também serão lançadas duas coleções para jovens em 2015, ambas idealizadas pelo escritor Marco Lucchesi: Memórias do futuro e Espelho do mundo. A primeira, de clássicos em prosa inéditos ou quase desconhecidos, estreou com o livro As últimas cartas de Jacopo Ortis, do italiano Ugo Foscolo. Já a segunda coleção, dedicada à poesia contemporânea, chega em abril com o livro Caligrafia silenciosa, do romeno George Popescu. Também serão lançados por essa mesma coleção os haicais do poeta e diretor iraniano Abbas Kiarostami, traduzidos diretamente do persa. A editora também pretende lançar mais um livro do físico Michio Kaku. Trata-se de The future of the mind, em que o autor aborda temas como telepatia, controle da mente, telecinese e memória artificial.
Mônica Bergamo, em sua coluna, noticiou a publicação de mais um livro do francês Patrick Modiano, ganhador do Nobel de Literatura. Trata-se de Pour que tu ne te perdes pas dans le quartier (Para que você não se perca na vizinhança, em tradução livre), com tradução de Bernardo Ajzenberg, a ser publicado no meio deste ano.
Outra coluna que noticiou os lançamentos da Rocco para 2015 é a Babel. Entre eles está o romance de estreia de Boris Fishman, A replacement life. O livro conta a história do jornalista falido Slava Gelman, que em Nova York, forja pedidos de indenização para imigrantes judeus que não sofreram com o Holocausto. André de Leones é outro escritor que terá seu livro publicado pela Rocco em 2015. O romance Abaixo do Paraíso tem como cenário o centro-oeste do Brasil. O protagonista é um auxiliar de políticos, até para assuntos ilegais. No livro We are all completely beside ourselves, de Karen Joy Fowler, um cientista fracassado faz experimentos com chimpanzés em sua casa e comparava os resultados com o desenvolvimento intelectual da filha. Em Cubed – A secret history of the workplace, o jornalista Nikil Saval analisa 150 anos de história dos ambientes de trabalho para explicar porqueos escritórios têm sua forma atual e como esta deveria ser. Para sua análise, Saval usa o livro Bartleby, o escrivão, de Herman Melville, o seriado The office, tiras e outros materiais.
A Rocco anunciou a publicação do romance The book of strange new things, de Michel Faber. A trama se passa num futuro próximo e acompanha o pastor Peter Leigh na missão de catequizar a civilização extraterreste do planeta Oasis. Afastado da mulher e do gato de estimação, o pastor vê sua fé ser testada até o limite, à medida que se aliena da espécie humana. Uma obra que foge de rótulos e fala sobre o ser humano e seus questionamentos, amor, separação e a natureza da fé religiosa. O lançamento está previsto para o segundo semestre de 2015.
A coluna Painel das Letras noticiou dois lançamentos do Selo Martins para 2015. O primeiro é Le cargo sentimental, do asilado político no Brasil e ativista italiano Cesare Battisti. O outro é o primeiro volume de As cartas de Ernest Hemingway, com organização de Sandra Spanier e Robert W. Trogdon. O livro inclui todas as cartas escritas por Hemingway de 1907 a 1922, da época de estudante até a chegada a Paris.
Substânsia 
A editora Substânsia começa 2015 com seu primeiro livro de crônicas: Os escritores que eu matei, de Marco Severo. Há ainda dois livros de contos: Daquilo que edifica, de Fernando Miranda, e o livro que ainda não tem título do autor e diretor de teatro Ricardo Guilherme.
Em maio serão cinco livros de poesia cujos títulos, por enquanto, são segredo. Além deles, está nos planos da editora a obra Girândola, de Francisco J.A. de Aquino, também conhecido como Poeta de Meia Tigela.
Em 2015, a Substânsia também o seu primeiro selo: Ecos, voltado para traduções de livros inéditos ou já publicados no Brasil. Todas os livros serão bilíngues. O conselho editorial é composto por nomes importantes na área da tradução: Antonio George Lopes, Carolina Torquato, Christian Werner, Guilherme Gontijo Flores, Henryk Siewierski, Izabela Guimarães Guerra Leal, Marcelo Jacques de Moraes, Paulo Henriques Britto, Viviana Bosi e Walter Carlos Costa. O primeiro título do selo Ecos é Electra, de Sóflocles, cuja tradução será feita diretamente do grego por Orlando Luiz de Araújo.
Um outro selo que será lançado pela Substânsia é Sóis, dedicado à publicação de zines.
Tordesilhas
Para os pequenos leitores, o selo Tordesilhas lança Para onde vamos quando desaparecemos?, escrito e ilustrado pelas portuguesas Isabel Minhós Martins e Madalena Matoso. O livro trata os temas da morte e da perda de forma sutil, utilizando analogias leves e mistérios do cotidiano que atraem a atenção das crianças.
De autor nacional será lançado o livro de contos O que não existe mais, escrito por Krishna Monteiro. O autor explora os temas da memória, família, morte, solidão e renascimento sob diferentes ângulos. O filho perseguido nos corredores de sua casa pela lembrança viva o pai; o pacto celebrado pelo escritor João Guimarães Rosa numa encruzilhada; o galo de briga que, ao combater na arena, recorda toda a sua existência; o gato narrando os últimos momentos de sua dona, sem compreendê-los; o velho soldado que tenta sem sucesso exorcizar a guerra; a mulher que diante da degradação e do envelhecimento vê no ato de contar histórias a fonte mesma de criação e manutenção da vida.
O selo Tordesilhas lança em 2015 títulos estrangeiros bastante interessantes. Em Brutal youth, de Anthony Breznican, três calouros unem forças para sobreviver aos valentões e fanáticos de um colégio religioso.
Já o livro Nós, os afogados, de Carsten Janssen, traz uma história que se estende por quatro gerações e duas guerras mundiais. A narrativa começa na cidade portuária de Marstal, onde um grupo de navegadores dinamarquese parte para lutar contra os alemães em 1848. Entre os que retornam do combate está Laurids Madsen, que busca refúgio no mar. O filho de Laurids, Albert, quando atinge a maioridade, parte em sua busca em uma viagem que percorre todo o globo.
No romance The orchard of lost souls, da escritora Nadifa Mohamed, os conturbados tempos de guerra civil na Somália são apresentados na visão de três mulheres: uma garota nascida em um campo de refugiados, uma viúva solitária e uma jovem soldado feminino.
A escritora austríaca Elfriede Jelinek, vencedora do Nobel de literatura de 2004, terá mais um livro publicado pelo selo Tordesilhas. Depois de A pianista e Desejo, os leitores brasileiros terão a chance de conhecer Os filhos dos mortos, em que a autora mostra a Áustria como um reino dos mortos. Outra escritora que terá livro publicado pelo selo é a espanhola Cristina Sánchez-Andrade.
O romance Las Inviernas mistura fatos reais com fictícios. A trama se passa na década de 1950 em uma aldeia da Galícia (Espanha). Depois de uma longa ausência, duas irmãs retornam à sua aldeia natal. Porém, elas haviam fugido do avô. Um outro evento que tem impacto na história é a viagem da atriz estadunidense Ava Gardner à Espanha para as gravações do filme Os amores de Pandora. As duas irmãs veem nesse acontecimento uma chance de realizarem o seu grande sonho, virarem atrizes, pois a equipe do filme está procurando dublês.
Em Melancolia, Jon Fosse conta a emocionante e triste história do pintor norueguês Lars Hertervig, que se apaixona pela filha adolescente de sua senhoria. A impossibilidade de seguir seus sentimentos acaba enlouquecendo Lars e o mandando para um manicômio, onde fica proibido de pintar. Privado da única forma de aliviar sua dor, só resta fugir ao pintor.
Há também o clássico Um amor de Swann, de Marcel Proust, segundo volume de Em busca do tempo perdido. Swann conhece a fútil e nada confiável Odette. Inicialmente a relação dos dois não passa de um simples flerte. Entretanto, os sentimentos de Swann se desenvolvem de forma inesperada e o mergulham no inferno do ciúme.
Também estão nos planos do selo Tordesilhas a publicação de três romances policiais. Mais um caso para o detetive mais famoso do mundo em O dia em que Sherlock Holmes morreu, de Arthur Conan Doyle. Os policiais Klemet Nango e Nina Nansen estão de volta em O estreito do lobo, de Olivier Truc. Os dois oficiais investgam uma série de assassinatos que acontece em Hammerfest, uma cidade no extremo norte da Lapônia. Em Os amantes de Hiroshima, de Toni Hill, o inspetor de cabeça quente Héctor Salgado volta novamente para investigar o que realmente aconteceu com um jovem casal cujos corpos foram encontrados quatro após o desaparecimento deles. Como pano de fundo, uma Barcelona com as ruas ocupadas por manifestantes indignados com a crise econômica e política da Espanha.
Capa da edição em inglês de Autocracia, de Woodrow Phoenix.
A editora Veneta começa 2015 lançando em janeiro a HQ Autocracia, de Woodrow Phoenix. A obra não traz personagens mas mostra o impacto dos carros na vida das pessoas. O autor se baseia em estatísticas, observações pessoais e casos para oferecer uma análise dos problemas das rodovias e os riscos a que os usuários destas estão expostos.
Depois de publicar a graphic novel Tungstênio, a editora lança outro trabalho de Marcello Quintanilha: Talco de vidro chega em fevereiro. No mês seguinte chega às livrarias Coltrane, graphic novel de Paolo Parisi sobre o grande músico de jazz John Coltrane. Outra importante figura que tem sua vida narrada em quadrinhos é o escritor William Burroughs. Com o título Burroughs, a HQ tem roteiro e arte de João Pinheiros. O título chega em abril.
No ano passado, a editora trouxe de volta à vida a Coleção Baderna, dedicada à literatura de resistência e publicada anteriormente pela Conrad. O primeiro título dessa retomada foi A revoada dos galinhas verdes, de Fulvio Abramo. Em 2015, a Veneta lança em fevereiro Situacionista, de autor anônimo, e Provos, de Matteo Guarnaccia. No mês seguinte chega Urgência das ruas, organizado por Ned Ludd. Em abril mais três títulos: Groucho-Marxismo, de Bob Black; Maio de 68, de Solidarity; e Scum Manifesto, de Valerie Solanas. E a Baderna continua em maio com A arte de viver para as novas gerações, de Raoul Vaneigen. As ficções policiais Ponto Quarenta, de Roger Franchini, e Revanchismo (edição digital), de Rogério de Campos, chegam em fevereiro. E por fim, o livro Psicodelismo: a enciclopédia, de Matteo Guarnaccia, será lançado em junho.
Conforme a coluna Painel das Letras, a editora adquiriu quatro volumes das histórias do urso Paddington. Em janeiro chega às livrarias Um urso chamado Paddington. Depois virão More about Paddington, Paddington helps out e Paddington abroad. Ao todo o autor das histórias, Michael Bond, escreveu 26 livros. O volume mais recente, Love from Paddington, foi publicado no ano passado na Inglaterra.
Em fevereiro a WMF Martins Fontes lança o quinto volume da A saga Otori: O grito estridente da garça, de Lian Hearn.
Ainda no primeiro semestre, chega às livrarias chega a HQ A propriedade (The property), da israelita Rutu Modan, que ganhou o Eisner Awards em 2008. A obra é baseada na história da família da autora. Regina e sua neta Mica tomam um avião de Israel para Varsóvia, na Polônia, para receber uma herança que havia sido perdida na Segunda Guerra Mundial. Desde a morte do filho, Regina se mostra inquieta com a viagem. Enquanto a neta resolve as questões burocráticas, Regina relembra os tempos vividos em Varsóvia.
De acordo com a coluna Babel, será lançado no segundo semestre o livro O meu avô, da portuguesa Catarina Sobral, que fala sobre os tempos modernos e exalta aquela época em que as pessoas tinham mais tempo para fazer as coisas. A obra livro venceu a última edição do Prêmio Internacional de Ilustração na Feira do Livro Infantil de Bolonha, na Itália.
Outra obra que chega no segundo semestre é a graphic novel Une vie chinoise (A Chinese life), de Philippe Otié e Li Kunwu. O título mostra a ascensão e o reinado de Mao Zedong, cujas ideias se mostraram muitas vezes prejudiciais para a China. A obra também é um registro da vida de Li Kunwu, que por mais de 30 anos foi um artista que trabalhava para o Partido Comunista. Lin viu em primeira mão o que estava acontecendo com sua família, seus vizinhos e sua terra natal. Um livro de memórias e um registro de um dos mais importantes momentos históricos da China.
Brian Michael Bendis é roteirista de diversos sucessos da Marvel Comics. Em Words for pictures, ele revela as ferramentas e as técnicas que os roteiristas de sucesso usam para criar as histórias mais populares de todos os tempos. Além de um passo a passo, da ideia ao roteiro final, o livro traz dicas e ideias de outros roteiristas, artistas e editores. Há também glossário e exercícios.
Os leitores de Tolkien têm motivos para comemorar. No segundo semestre de 2015, a WMF Martins Fontes lança Beowulf: tradução e comentário. Além da releitura feita por Tolkien, o livro traz uma série de palestras do escritor sobre o poema realizadas na década de 1930 e o conto “Sellic spell”.
Há ainda dois títulos de quadrinhos programados para o final do ano: o canadense Jane, le renard et moi, de Isabelle Arsenault e Fanny Britt; e Lena Finkle’s magic barrel, de Anya Ulinich. O primeiro fala sobre Hélène, uma garota vítima de bullying que encontra refúgio no mundo do romance Jane Eyre, de Charlotte Brontë. Já a graphic novel de Anya Ulinich tem como protagonista Lena Finkle, divorciada e mãe de duas adolescentes, que se torna usuária dos serviços de encontros online. Um olhar afiado sobre o estranho e desastrado mundo do namoro “adulto”.
A bem-sucedida coleção Clássicos Zahar ganha mais alguns títulos em 2015. Serão lançadas edições comentadas e ilustradas de O Ateneu, de Raul Pompéia; Carmen e outras histórias: novelas completas, de Prosper Merimée; e A ilha misteriosa, de Jules Verne. Conforme informação da coluna de Ancelmo Gois no jornal O Globo (via PublishNews), também deve ser lançada uma edição de David Copperfield, de Charles Dickens, com ilustrações antigas e notas de Bruno Gambarotto. A coluna Babel aponta O livro da selva, de Rudyard Kipling, como outro possível lançamento da coleção Clássicos Zahar. Títulos desta coleção que ganham edições de bolso com capa dura são O corcunda de Notre Dame, de Victor Hugo; Rei Arthur e os cavaleiros da Távola Redonda, de Howard Pyle; O signo dos quatro, de Arthur Conan Doyle; e O lobo do mar, de Jack London.
Pelo selo Pequena Zahar, a editora lança em 2015 o seguintes livros infantis: Gorila e O túnel, de Anthony Browne; Selvagem, de Emily Hughes; Lá e aqui, de Carolina Moreyra e Odilon Moraes; e O pássaro na gaiola, com texto de Van Gogh e ilustrações de Javier Zabala.
Ulisses Augusto
20 de janeiro de 2015 - 16:58
Boa tarde!
Temos uma pluralidade de publicações e lançamentos para 2015. Vocês estariam interessados na divulgação dos nossos livros?
Cordialmente,
Ulisses Augusto
Luiz Fernando Cardoso
20 de janeiro de 2015 - 20:41
Ulisses,
Enviamos e-mail.
Cordialmente,
Luiz Fernando Cardoso
Anderson
11 de fevereiro de 2015 - 23:02
Minha editora favorita é a Record…..
Rodolfo Euflauzino
22 de junho de 2015 - 14:00
Senti falta dos lançamentos da editora Darkside.
Luiz Fernando Cardoso
22 de junho de 2015 - 22:24
Infelizmente não conseguimos entrar em contato com a editora antes de ela anunciar os lançamentos em suas redes sociais.