Edney Silvestre
304 páginas
Record
R$ 34,90
Em abril de 1961, Yuri Gagarin, o primeiro homem a viajar pelo espaço, deixava a órbita terrestre, descortinando um universo de possibilidades para a Humanidade e uma vitória tecnológica num século que parecia caminhar para uma era de relativa paz, progresso e justiça social. No mesmo dia, em uma pequena cidade da antiga zona do café fluminense, dois meninos de 12 anos encontram o corpo mutilado de uma mulher às margens de um lago onde vão fazer gazeta. Assustados, os garotos chamam imediatamente a polícia e passam por um duro interrogatório, no qual são tratados mais como suspeitos do que testemunhas. A brutalidade do assassinato e o descaso absoluto com o ser humano impressionam os meninos, que não aceitam a explicação oficial do crime, segundo a qual o culpado seria o marido, o frágil dentista da cidadezinha, motivado por ciúme. Começam uma investigação ajudados por um senhor que mora no asilo da cidade, um ex-preso político da ditadura Vargas, que esconde a motivação para seu interesse no assunto. Dele, os meninos ouvem um aviso que marca o começo de um turbilhão de acontecimentos surpreendentes: “Nada neste país é o que parece.” Em pouco tempo, eles percebem que a mulher tem uma estranha ligação com os homens mais importantes da cidade e que seu passado é nebuloso, repleto de mentiras. A investigação irá desvendar ainda um perverso painel em que violência sexual, racismo, corrupção e espúrias alianças políticas se misturam, numa época em que o Brasil caminha para a industrialização. Para os meninos, será um terrível caminho de amadurecimento e chegada à vida adulta, ainda no início da adolescência.
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