André Gide
Tradução de Mário Laranjeira
424 páginas
Estação Liberdade
R$ 62,00
Bernard, Olivier e Édouard são os rapazes que formam a tríade central de personagens. Bernard, o filho que deixa o lar em busca de identidade, um bastardo na pele do filho pródigo; Olivier, seu grande amigo, intelectual como ele, mas sempre no limiar entre a vaidade e a insegurança. Tio de Olivier, algo mais velho que os dois, Édouard fecha o núcleo que norteará o leitor em meio ao sistema caleidoscópico e polifônico de Os moedeiros falsos. Em especial este último: é por meio do diário de Édouard (escritor, ele planeja escrever um romance chamado Os moedeiros falsos) que o leitor é tragado pela estrutura abismal da obra dentro da obra, onde os limites entre o ficcional e o real se atenuam e vêm à tona a metalinguagem e a reflexão sobre as possibilidades e os limites de um romance. Anterior ao esquema de falsificação armado por Victor Strouvilhou, quiçá esteja outro tipo de “moeda falsa”.
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