A luta dos afro-brasileiros na Revolução Constitucionalista de 1932
Oswaldo Faustino
224 páginas
Selo Negro (Summus)
R$ 50,90
O autor aborda um episódio quase inédito da Revolução Constitucionalista de 1932: a participação voluntária de um grande número de afro-brasileiros. A ideia para o livro surgiu quando o ator Milton Gonçalves contou ao autor que gostaria de fazer um filme sobre a Legião Negra e pediu ao escritor que pesquisasse o assunto. Utilizando documentos e publicações de época, obras acadêmicas e entrevistas com familiares dos combatentes, Faustino pode reconstruir o contexto social, cultural e econômico da São Paulo da década de 1930. Aos negros e pardos restavam apenas os cortiços, porões e subúrbios, as rodas de tiririca, o jogo ilegal e os biscates. O livro começa apresentando o centenário Tião Mão Grande, que nos dias de hoje relembra sua participação na Revolução de 1932. Sua memória recupera episódios e personagens. Alguns reais, como Maria Soldado, empregada doméstica que decidiu engrossar as fileiras revolucionárias; o advogado Joaquim Guaraná Santana e o grande orador Vicente Ferreira; outros fictícios, como Teodomiro Patrocínio, protegido de uma rica família que de início renega a ascendência africana e a negritude, mas depois se torna um grande líder militar da Legião Negra; Luvercy, jovem negro alistado contra a vontade pelo próprio pai, também combatente de ideais patrióticos; John, um jamaicano foragido dos Estados Unidos, que também participava das lutas antirracistas.
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