Lançamentos

Autora quer resgatar importância dos legumes na cultura dos povos

A fabulosa história dos legumesA FABULOSA HISTÓRIA DOS LEGUMES
Évelyne Bloch-Dano
Tradução de Luciano Vieira Machado
184 páginas
Estação Liberdade
R$ 49,00


Para a professora e jornalista Évelyne Bloch-Dano, os legumes podem ser vistos como “o encontro mais fecundo entre a natureza e a cultura”. Recorrendo a várias disciplinas, como literatura, artes, música, poesia, cinema, história, genética e horticultura, a autora mostra através que ao comer um simples legume, o leitor está incorporando a história do mundo. Bloch-Dano quer resgatar a importância que os legumes tinham na cultura e na cozinha dos povos.

Entre os vários fatos apresentados por Bloch-Dano estão as referências aos legumes presentes na obra literária de Marcel Proust e nas gírias e xingamentos da França do século XIX. Além de obter mais informações sobre velhos conhecidos, como ervilhas e tomates, o leitor entrará em contato com legumes exóticos, como tupinambor e pastinaca.

Para enriquecer a experiência de leitura, o livro traz pinturas, trechos de livros e poemas e receitas de pratos à base de legumes recolhidas pela autora.


Trechos

Ora, o legume exige que se ocupem dele. É preciso comprá-lo, descascá-lo, lavá-lo, cortá-lo, cozinhá-lo… Ele murcha, escurece, amolece, apodrece. Prepará-lo, cozinhá-lo requer um pouco de tempo, de atenção, de invenção. Mas é por isso mesmo que ele pode se tornar uma fonte de prazer e não um mero incômodo. (p. 39)

Os legumes não são tão vegetativos quanto se poderia pensar. Eles nascem, vivem e morrem. Modestamente, porém, sem que se note, constituem talvez, desde a aurora dos tempos, o encontro mais fecundo entre a natureza e a cultura. (p. 41)

Seria a pimenta o Viagra do pobre? Da escalada pornográfica ao consumo de pimentas cada vez mais fortes, esboça-se o retrato-robô do supermacho ocidental, campeão da competição em todos os níveis. A única coisa que importa é o quantitativo, o recorde. Assim, no desenho animado Os Simpsons, Homer Simpson, caricatura do macho americano, reveste a própria garganta com cera ardente para poder comer uma pimenta bastante forte, “cultivada nos confins da selva primitiva pelos internos de um asilo de loucos da Guatemala!”. Popeye comia espinafres, Homer devora pimentas. (p. 170)

Deixe um comentário

Nome *




* Campos obrigatórios

Newsletter

Cadastre seu e-mail e receba atualizações do site

Powered by FeedBurner

 

Livraria Cultura - Clique aqui e conheça nossos produtos!

 

 

Copyright © 2009 Literatsi. Todos os direitos reservados.
Powered by WordPress